Uma Liberdade Estonteante
De notar que a experiência foi abordo do barrote do blog!!
Parece que ainda sinto uma aragem inconfundível, que me fazia vibrar a cada milésimo de segundo por ser uma disputa concentrar todo o ar que me poderia eventualmente entrar nos pulmões e ao mesmo tempo tentar equilibrar o corpo em cada curva, como se de uma prancha se tratasse. Como possível é, algo que aparenta ser demasiado pequeno, conseguir-nos rasgar o rosto com o vento que corre a cem quilómetros hora na nossa direcção, como se dele nos alimentássemos.
Na verdade a brisa em rajada que nos corre na face faz nos sentir livres, como um pássaro que lança o seu primeiro voo e que não tem medo de cair nem de esmorecer no mar . É desta adrenalina que falo que surge de uma forma súbita e não subestimável que me prendeu assim que senti o primeiro tremor após ligada, a partir daquele momento fiquei viciada naquele bambolear que me trás recordações do que é poder agarrar uma liberdade espiritual por momentos, por horas, ou por minutos. Pouco ou nada sei dessa sua composição que a faz de tão pequena ser uma máquina capaz de domar um homem sôfrego do seu consumo, a vespa é uma pequena mota que faz as suas rodas deslizarem no alcatrão, como a circulação desliza dentro de alguém do qual dispara o seu batimento cardíaco por tão freneticamente a conduzir até ao horizonte.
A vespa com mais de trinta anos de vida e acumulações de donos, pó, estradas, fez me perder o medo do que é andar de mota, um medo que me consumia não por nunca antes ter experimentado, mas sim por uma experiência negativa ter habitado na minha memória como um retrato desfocado.
Sentir todos os barulhos que nos rodeiam enquanto andamos por uma estrada infinita a uma velocidade constante é uma proeza, mas um feito ainda maior é ter uma maquina destas guardada como se de um monumento histórico se falasse, conseguir atingir momentos que me pareceram tão entusiasmantes. Quando chegamos ao meu destino, dela sai a sorrir, por no fim de contas me conseguir divertir com algo que tanto medo me trazia.
A vespa mostrou-me que as coisas más tem a sua parte boa, e que nem tudo que antes já foi vivido e sentido se vive da mesma maneira, não trocava aqueles minutos que nela estive, por um acento de um carro que confortavelmente nos leva ao nosso destino, porque a maneira como chegamos ao destino somos nós que a criamos, e a intensidade com que se vive cada caminho somos nós que caracterizamos, portanto a vespa fez me sentir o que naquele momento precisava de sentir e o que tantos seres humanos necessitam de sentir quando o stress se apodera deles comendo os vivos, eu senti que a liberdade com ela se torna algo incontrolável....
10/10/10
A "Pendura".
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